Empresário italiano acusado de matar mineira chora ao detalhar crime em audiência
Segunda audiência ocorreu em Bréscia, na Itália
O piloto e empresário italiano Claudio Grigoletto, que é acusado de matar a mineira Marilia Rodrigues Silva Martins, chorou ao detalhar o crime durante a segunda audiência do processo a qual ele responde, em Bréscia, na Itália. A brasileira foi assassinada no dia 29 de agosto do ano passado, na cidade de Gambar.
Durante a sessão, Grigoletto, que era amante e pai do bebê que a mineira esperava, relatou a sua versão dos fatos em um depoimento de mais de duas horas.
Segundo ele, Marilia foi assassinada após uma discussão sobre o apartamento que os dois estavam procurando, de acordo com publicação da Ansa (Agência Italiana de Notícias).
— Marília tinha uma tesoura nas mãos e tentou me atingir na garganta, então eu a peguei por um braço e a derrubei. Ela se chocou contra o batente da porta e começou a perder sangue da cabeça. Suas pernas tremiam, então eu coloquei as mãos no seu pescoço e o apertei. Eu não queria acreditar naquilo que tinha feito, mas eu tinha consciência de tê-la matado. Quando percebi que estava morta, abri o gás da caldeira do escritório. Espalhei amônia e ácido clorídrico pelo corpo, depois peguei alguns jornais e tentei colocar fogo sobre ele
— Marília tinha uma tesoura nas mãos e tentou me atingir na garganta, então eu a peguei por um braço e a derrubei. Ela se chocou contra o batente da porta e começou a perder sangue da cabeça. Suas pernas tremiam, então eu coloquei as mãos no seu pescoço e o apertei. Eu não queria acreditar naquilo que tinha feito, mas eu tinha consciência de tê-la matado. Quando percebi que estava morta, abri o gás da caldeira do escritório. Espalhei amônia e ácido clorídrico pelo corpo, depois peguei alguns jornais e tentei colocar fogo sobre ele
De acordo com o réu, antes de cometer o crime, ele pensou várias vezes em se matar devido às dificuldades econômicas que enfrentava e porque estava cada vez mais difícil esconder o caso com a brasileira da sua esposa, com quem tem duas crianças. O empresário também revelou que sabia que a verdade seria descoberta em questão de horas, mas, inicialmente, negou o crime para aproveitar seus últimos momentos "de felicidade" com os filhos.
O corpo de Marilia foi encontrado dentro do escritório da companhia da qual o acusado é um dos sócios, a Alpi Aviation do Brasil. A brasileira estava grávida de cinco meses do italiano.
Grigoletto foi ouvido na última segunda-feira (17) e deve ser julgado no dia 17 de abril deste ano.
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