Fazendeiro acusado de agredir e manter a mulher como "escrava" tem liberdade negada
Vítima era obrigada a acordar 5h30, dormir à meia-noite e ordenhar cerca de 130 vacas
A Justiça mineira negou habeas corpus para o fazendeiro José Luiz da Silva, de Unaí, noroeste de Minas. Silva é acusado de agredir e manter a própria mulher em condições de trabalho escravo em uma propriedade rural de Unaí, no noroeste do Estado. Um dos filhos do casal foi quem denunciou o pai à polícia.
De acordo com o relato do rapaz, a vítima era obrigada a acordar 5h30 para ordenhar vacas e só ia dormir à meia noite, sem fazer intervalos satisfatórios para refeições. Ela e outro filho ordenhavam cerca de 130 vacas por dia.
Em dezembro do ano passado, Silva foi preso em flagrante. Com ele, a PM ainda encontrou uma arma de fogo em situação irregular.
Em dezembro do ano passado, Silva foi preso em flagrante. Com ele, a PM ainda encontrou uma arma de fogo em situação irregular.
A mulher dele contou aos agentes que, no dia anterior, o marido havia lhe dado um soco no rosto. Ela foi encaminhada para atendimento médico. Já no dia seguinte à prisão do fazendeiro, a juíza Mônica Alessandra Machado Gomes Alves negou o pedido de liberdade provisória do acusado.
O habeas corpus foi negado pelo relator do processo, desembargador Alberto Deodato Neto que, em sua decisão, ressaltou que há “fortes indícios de autoria e comprovada materialidade de crimes cometidos no âmbito doméstico e familiar”. Além disso, segundo o magistrado, a soltura do fazendeiro pode prejudicar o andamento das apurações.
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