Departamento de marketing do Peixe elaborou uniforme com dizeres anti-racismo, em preto e branco, e clube enviou ofício ao Ministério Público para apurar injúrias
Ainda sem patrocínio master para a temporada 2014, o Santos utilizará o principal espaço de seu uniforme para dar início a uma campanha social. Neste domingo, em partida contra o Rio Claro, pela penúltima rodada da primeira fase do Campeonato Paulista, o clube entrará em campo vestindo uma camisa com dizeres contra o racismo: "Sou alvinegro com muito orgulho".
As cores preto e branco se alternam na estampa do uniforme divulgado pelo clube para o compromisso no Estádio Augusto Schmidt, em Rio Claro, às 18h30. A ação do Santos ocorrerá dez dias após a partida contra o Mogi Mirim, quando o volante Arouca sofreu injúrias raciais durante os 5 a 2 no Estádio Romildão. Para se livrar de punição esportiva, o clube do interior enviou imagens de câmeras de segurança ao Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) e quer identificar os criminosos.
Em busca de novas promessas, Santos pode ter escola na Coreia do Sul
Santos treina com Rildo no lugar de Thiago Ribeiro no ataque do Santos
- O Santos tomou todas as providências que eram necessárias juridicamente contra as ofensas racistas praticadas contra o jogador Arouca. Nós também manifestamos nossa tristeza e revolta de muitas formas por meio da Santos TV, do nosso site, das mídias sociais, e do nosso jurídico. Agora para fechar essa jornada de conscientização em busca de um mundo melhor, o nosso marketing estampou no peito da nossa camisa, o que nós consideramos ser o nosso maior orgulho: no Santos FC somos todos iguais dentro e fora do campo. Somos todos alvinegros - escreveu Odílio Rodrigues, presidente em exercício do Santos, em nota oficial divulgada pelo clube.
A ação partiu do departamento de marketing do Santos, que já havia divulgado vídeos de Arouca relatando orgulho de suas origens. Nesta quinta-feira, o jogador não pôde participar de um encontro da presidente Dilma Rousseff e do ministro Aldo Rebelo com outras personalidades do esporte que foram alvos de ofensas raciais, o cruzeirense Tinga e o árbitro Márcio Chagas da Silva.
O Mogi Mirim será julgado pelas injúrias na próxima segunda-feira, às 17h, na sede da FPF. Como o árbitro Vinicius Gonçalves Dias não relatou o ocorrido na súmula, o Santos encaminhou pedido de abertura de inquérito à FPF e ao Ministério Público Estadual.
Nenhum comentário:
Postar um comentário